Cefaleia: sabia que existem mais de 150 tipos de dor de cabeça?

É isso mesmo! Nem sempre as dores de cabeça são sinal de alguma doença, contudo, não podemos deixa-la passar despercebida, pois a depender do histórico da dor, ela exigirá um tratamento específico e talvez, até atendimento emergencial.

Cefaleia é o nome científico, que os especialistas utilizam para nomear a chamada “dor de cabeça”. Ela pode se apresentar de forma “simples”, ou seja, sem nenhum outro sintoma acompanhado, como pode vir associada a outras manifestações, servindo como um alerta de que algo não está funcionando direito no corpo.

Ela pode decorrer de causas comuns, como: falta de sono, uso de óculos com grau inadequado, hipersensibilidade à luz, sons e cheiros e etc. Estima-se que 76% da população feminina e 57% masculina tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês.

Quando o paciente apresenta dor de cabeça por longo período e/ou crises frequentes com as mesmas características, consideramos que ele possui geralmente alguma forma de cefaleia primária (enxaqueca, por exemplo). Embora essas cefaleias não ocasionem sequelas, elas devem ser tratadas.

 Já quando as dores de cabeça são consequências de lesões orgânicas as classificamos como cefaleias secundárias, nesse grupo estão: sinusites agudas, infecções do sistema nervoso (meningite) ou sistêmicas, tumores, problemas cervicais, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), aneurismas cerebrais, entre outras.

Assim, o correto é buscar o especialista. Não recorrer a automedicação ou tentar comparar os sintomas aos apresentados por outras pessoas. Cada ser humano é único, com uma história genética e pessoal singular.

Estudos apontam uma variedade de dores de cabeça.  As pesquisas chegaram a identificar 150 tipos de cefaleias diferentes de acordo com a origem da dor, por isso, você precisa ficar atento, e não achar que “apenas um analgésico” pode resolver o problema.

Tipos de cefaleia:

Podemos classificá-las em grupos diferentes. Aqui chamamos atenção para algumas delas:

Cefaleia tensional: essa dor de cabeça surge como uma sensação de que uma “faixa esteja apertando a cabeça” e/ou uma dor “tipo pressão”. Aqui no nosso blog já falamos especificamente sobre esse tipo de cefaleia. Cliquei aqui para acessar o conteúdo.

Cefaleia em salvas:  esse tipo de dor de cabeça é bem pouco conhecida. Se caracteriza por uma dor intensa na têmpora ou em volta do olho, que dura cerca de 30 minutos a uma hora. A dor é habitualmente de forte intensidade, mas costuma surgir e desaparecer de repente. Frequentemente se associa a lacrimejamento do olho acometido.

Cefaleia cervicogênica: nesse tipo de dor de cabeça, a dor se origina do pescoço, geralmente como resultado de um processo relacionado à coluna vertebral. É como se essa dor surgisse da nuca e fosse até a frente da cabeça ou atrás dos olhos. Ela pode ser agravada com certas posturas do pescoço ou se uma certa pressão for aplicada nele.

Cefaleia Infecciosa: causada por micro-organismos que invadem o tecido.

Concussão: lesão cerebral causada por uma pancada na cabeça ou uma agitação violenta da cabeça e do corpo. A concussão pode determinar o surgimento de cefaleia por período prolongado.

Enxaqueca: intensidade variável, muitas vezes acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz e/ou barulho. Mais frequente durante o período menstrual. Pode se apresentar com outras manifestações, como: escotomas visuais (“pequenos pontos na visão”), parestesias/formigamentos ao redor dos lábios e etc.

Diagnóstico

Ocorre a partir das informações fornecidas pela pessoa em sofrimento, ao profissional. Como falamos anteriormente, baseia-se no histórico da dor. São levadas em consideração o tempo de início dos sintomas, a frequência, a intensidade. Essas e outras informações que o especialista julgar necessárias precisam ser ditas para o diagnóstico correto.

Quando procurar ajuda imediatamente?

Quando a dor for pior do que o habitual, surgir súbita e intensamente, causar confusão mental, fala arrastada, desmaios, dormência ou paralisia unilateral, dificuldade de enxergar, falar ou andar. Em resumo, quando a dor se apresentar com um padrão diferente do habitual.

Tratamento

O tratamento vai variar de acordo com o tipo de cefaleia. Pode ir da recomendação de medicamentos variados capazes de amenizar o quadro doloroso, terapias complementares (atividade física e etc), e em alguns casos, bloqueios de alguns nervos.

Diante do exposto, se você tem dores de cabeça frequentes e/ou intensas e estão lhe deixando sem qualidade de vida você poderá se beneficiar do tratamento com um profissional.

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