A “Escoliose” é uma deformidade comum da coluna vertebral, evidenciada na população em geral, mas que habitualmente tende a ocorrer sobretudo durante o pico de crescimento, antes da puberdade. É causada por um desalinhamento da coluna em um plano tridimensional, resultando sobretudo em um desvio lateral da mesma.
Existem diversas origens responsáveis por seu surgimento da “Escoliose”. Costuma ser classificada em: congênita (de nascença), neuromuscular (sequela de doenças neurológicas), idiopática (sem causa definida), pós-traumática (após acidentes), degenerativa do adulto (consequência do processo habitual de envelhecimento).
Sinais e Sintomas:
Na maioria das vezes a deformidade não é grave e, consequentemente, causam poucos ou até mesmo nenhum sintoma.
Já os casos graves tendem a causar dor intensa, tornando-se até mesmo incapacitante, além de poder determinar comprometimento de outros órgãos, como pulmão e coração.
Os sinais físicos mais frequentemente identificados nos pacientes são: a cintura pode parecer desigual, os ombros e/ou os quadris podem parecer assimétricos, um lado da caixa torácica e/ou uma das pernas pode parecer menor que o(a) outro(a), o corpo se inclina mais para um lado.
Outros sintomas que podem estar presentes são: dores musculares, sensação de fadiga nas costas, fatores psicológicos.
Diagnóstico:
Habitualmente a busca de um profissional especialista em coluna (neurocirurgião) é necessário, pois algumas vezes a escoliose pode se apresentar sem nenhum sintoma. A realização de exames de imagem são fundamentais pra avaliar a presença da deformidade e, sobretudo, definir o grau da mesma, que se baseia em uma medida do ângulo formado por essa curva, denominado de ângulo de Cobb.
Tratamento:
O melhor tratamento a ser instituído se baseia em diversas variáveis, como: tipo de escoliose, idade do aparecimento, tamanho e localização da deformidade, velocidade de progressão/piora da curva, entre outras.
De uma forma geral, o mesmo se baseia no seguinte:
* Curvas menores que 20 graus: indicado tratamento conservador (analgésicos, fisioterapia e etc).
* Curvas entre 20 e 40 graus: indicado tratamento conservador (analgésicos, fisioterapia, coletes e etc).
* Curvas superiores a 40 graus: o tratamento preferencial tende a ser a cirurgia, devido o risco de piora progressiva e do surgimento de complicações graves devido tal deformidade.
Vale destacar que o tratamento inadequado desta patologia, pode resultar em consequências como: problemas emocionais, problemas respiratórios, progressão cada vez maior da curvatura, danos na medula ou no nervo espinhal, dor incapacitante, entre outras.